Mas creio que quem me acompanha e segue minhas andanças sabe o porque do afastamento!
É, em agosto eu fiz uma promessa, e não é a dos 10kg ta?! Haha, foi a de que meu SONHO teria uma longa caminhada, que estaria completa com somente dois passos, é parece pouco, mas que estradinha bem complicada esta. Dito e feito, como diria a minha mãe: Quando o Ângelo coloca uma coisa na cabeça, ele vai até o fim, até fazer, até ver, até estar satisfeito! MAS QUE GURI ESSE... – até então achava que isto era um grande defeito, porém, o defeito está se tornando na mais linda caminhada... é, o primeiro passo ao sonho queria ser dado na primeira quinzena do mês de Novembro, mais especificadamente na cidade de Santa Cruz do Sul, 5ªRT, no maior Evento amador da América Latina, lhes falo do Encontro de Arte e Tradição Gaúcha, o ENART 2009! E não é que o insistente aqui em agosto, colocou na cabeça que queria fazer uma Mostra Folclórica que falasse sobre algo diferente, bem diferente de tudo visto antes. O exigido pelo Movimento era de que os Peões e Guris realizassem uma pesquisa relatando os Chapéus e os Cintos com guaiacas características da sua Região Tradicionalista e além de tudo, com as características herdadas pelas etnias formadoras da mesma.
Nossa região é um misto de Região da Campanha e Fronteira, seus municípios são pólos significantes de cada segmento; na Região da Campanha a produção bovina, eqüina e a agricultura podem ser identificadas pelos municípios de Bagé e Dom Pedrito. Já na Fronteira, a que mais irmana os dois Países, Brasil e Argentina no mesmo solo, Sant’anna do Livramento, a Fronteira mais irmã do mundo. Por isso nossa pesquisa abrangeu estas duas Regiões físicas em que se divide a nossa 18ª Região Tradicionalista.
Na parte da chapelaria característica da nossa Região, após entrevistas com historiadores e livros encontramos dois tipos de chapéus típicos da ‘18ª Região Tradicionalista’. A Região da Campanha é ícone em história ligada ao campo, aos ‘senhores rurais’, então nada melhor do que retratar este homem do campo, os senhores da estância. Esta ligação será expressada na mostra com a confecção do chapéu PANÇA DE BURRO, que é simbólico da Região da Campanha, sua confecção era feita a campo, utilizando os moirões e/ou palanques da propriedade.
Na demonstração do chapéu pança de burro, a 18ª Região Tradicionalista voltava a meados do século XVIII(1820) na Província de São Pedro do Sul, mais precisamente numa Estância, nada mais característico da nossa região, e a história do chapéu Pança-de Burro foi contada numa breve cena entre um Estancieiro e seu filho mais novo, onde o pai passava seus ensinamentos ao filho para que nunca morra a alma dos gaúchos campesinos e suas artes perpetuadas.
Por ser uma região fronteiriça, temos também o chapéu convencional de feltro, com a aba mais larga que o resto do estado, que também é preso por um barbicacho que passa por baixo do queixo ou abaixo do lábio inferior que na Região da Fronteira, é basicamente ‘enfeitado’ com florões, medalhas e moedas, ou até mesmo de tentos trabalhados.
Na parte de guaiacas(nome dado ao cinto em nossa Região Tradicionalista),em uma breve pesquisa,falamos um pouco de sua história: O cinto de nossa gente rural, changueadores, gaudérios, gaúchos, peões, etc.; tem como todas as pilchas de nosso uso,origem do velho mundo em antigas culturas.Como por exemplo povos tão antigos como:os egípcios,os persas,os gregos,etc; usaram para a guerra, largos cintos de couro com ou sem bolsos, tachados com chapas metálicas e fechados ou abotoados na frente. A finalidade desse tipo de cinturão era de proteger a cintura sobre tudo a frente, a zona branda abdominal, de golpes pulsantes das armas brancas de combate, espadas, lanças, etc... Não restam dúvidas que foram os soldados da conquista e os elementos provincianos espanhóis que trouxeram esse tipo de cinto para o Rio Grande do Sul.
Seguindo o regulamento da Mostra, fizemos pesquisa de campo em forma de entrevistas com pessoas que trabalham com guaiacas na nossa RT. Na cidade de Bagé, foi entrevistado o Sr. Armando Garcia ele que trabalha nesse ramo há mais de vinte anos e aprendeu tudo o que sabe com o seu Pai. Relatou-nos também que hoje em dia as guaiacas sofreram uma influência muito vasta das rastras argentinas e uruguaias, quanto aos bordados e à aplicação de tecidos e faixas estampados, confundindo muito entre elas.
Durante a entrevista comentou diversas vezes que hoje em dia é bem difícil se conseguir a matéria prima (couro) para a confecção das guaiacas.
Antigamente as guaiacas eram mais simples e poderiam ser feitas artesanalmente com os couros crus que eram facilmente obtidos aqui nos curtume da Região.
Hoje o couro necessita de uma preparação melhor e ele passa por tratamentos químicos para realçar a cor e o brilho e que enfim, a guaiaca que ele confecciona hoje teve que ser estilizada de acordo com o tempo, e aperfeiçoada de acordo com as necessidades do Gaúcho.
Seguindo o contexto da apresentação, o Peão da Estância da 18ª RT ensinava ao filho do Estancieiro como era feito também em 1820 a guaiaca na Região da Fronteira.
E assim se foi a apresentação, A ÚNICA MOSTRA DO ESTADO COM NOTA MÁXIMA EM CRIATIVIDADE, e ai, minha mãe pulava de orgulho ao ver as planilhas, e disse nunca mais discordar do que eu invento no mundo da imaginação do meu cérebro, vai longe hein tchê... haha. Além disso, a melhor pesquisa bibliográfica dos Peões... e como resultado de tudo isso... 1º LUGAR NA 10ª MOSTRA DE ARTE E TRADIÇÃO GAÚCHA – ENART 2009. Primeiro Passo ao sonho? FEEEEEEEEEEEITOOOOOOOOO!
Mas na verdade, o que me deixa mais contente foi o acolhimento do publico, pessoas desconhecidas, de outros estados, ou até dos mais próximos... o reconhecimento dos amigos tradicionalistas que nos prestigiaram foi o que nos bastou... Eu não tenho palavras para agradecer a todos que foram atrás da minha loucura de criar dentro de um stande uma estância, e dentro desta estância, transformar um sonho na mais pura realidade! Sem palavras para agradecer a quem me ajudou lá, não só os guris que me ajudaram na apresentação, mas sim as mães, os pais, o coordenador, as prendas, até as pessoas que não tinham nada que ver com a mostra... Mãe, sem palavras.. tu fez com que eu realizasse o meu 1º sonho, de muitos... sei que este não é teu mundo, mas que a força que nos move a este sucesso vem lá de cima, e todos sabemos que se ‘ele’ tivesse aqui conosco, ia ta pulando de alegria e de orgulho, mais uma vez eu digo: PAI, É POR TI QUE EU SIGO! É onde eu busco a força, a vontade e a coragem de seguir cada vez mais e mais a frente... tu é meu anjo inspirador! E sei muito bem, que neste prêmio, tem teu dedo, tu ta ai do lado de Deus me apontando e dizendo: ESSE É DOS MEUS! Te amo velho, pra sempre!
É este é um bom motivo para deixar de atualizar o blog, não acham? Mas prometo agora, nos intervalos dos estudos, treinos e ensaios postar algo em relação ao 2º passo.. O SONHO MAIOR! O Entrevero Cultural de Peões, que já tem data marcada.. 9 e 10 de Abril de 2010! Pois é, vamoooo em freeeeenteee.. com todas as minhas forças e vontades... EU QUERO, EU POSSO, EU VOU CONSEGUIR! Obrigado aos que torcem.. tem uns que pensam que estas palavras podem ser de obsessão, pois não.. são palavras de um dever... dever com minha entidade, minha região, minha família, dever de sonhar.
Férias? É, pelo visto só da faculdade... 2º semestre acabando, e mais um sem fazer exame! Só pra constar, faço arquiloucura, cálculos, desenhos, maquetes, noites em claro.. não é fácil! Mas eu conseguiiii!
Chego agora da partida da excursão da Comissão que avaliará o FEPART em Capanema no Paraná, é como se fosse o ENART deles... Desejo um bom trabalho a Mari Mallmann(maninha peãodologa! Haha), ao Diogo (irmão de fé, de sempre... iniciando uma grande caminhada nas avaliações das dançar, torço muito por ti irmão, de verdade e tu sabe! Sucessoo!!), ao Toni Pereira (Meu instrutor de Danças desde 1997, quem me ensinou a caminhas no tradicionalismo, Coordenador de Dança e diretor da comissão do ENART até 2008, em 2009, vice-campeão do enart, te adimiro ‘professor’) e também a Marcia, a Marione... e por ai se vai..
Abraços e obrigado aos que seguem!
É, em agosto eu fiz uma promessa, e não é a dos 10kg ta?! Haha, foi a de que meu SONHO teria uma longa caminhada, que estaria completa com somente dois passos, é parece pouco, mas que estradinha bem complicada esta. Dito e feito, como diria a minha mãe: Quando o Ângelo coloca uma coisa na cabeça, ele vai até o fim, até fazer, até ver, até estar satisfeito! MAS QUE GURI ESSE... – até então achava que isto era um grande defeito, porém, o defeito está se tornando na mais linda caminhada... é, o primeiro passo ao sonho queria ser dado na primeira quinzena do mês de Novembro, mais especificadamente na cidade de Santa Cruz do Sul, 5ªRT, no maior Evento amador da América Latina, lhes falo do Encontro de Arte e Tradição Gaúcha, o ENART 2009! E não é que o insistente aqui em agosto, colocou na cabeça que queria fazer uma Mostra Folclórica que falasse sobre algo diferente, bem diferente de tudo visto antes. O exigido pelo Movimento era de que os Peões e Guris realizassem uma pesquisa relatando os Chapéus e os Cintos com guaiacas características da sua Região Tradicionalista e além de tudo, com as características herdadas pelas etnias formadoras da mesma.
Nossa região é um misto de Região da Campanha e Fronteira, seus municípios são pólos significantes de cada segmento; na Região da Campanha a produção bovina, eqüina e a agricultura podem ser identificadas pelos municípios de Bagé e Dom Pedrito. Já na Fronteira, a que mais irmana os dois Países, Brasil e Argentina no mesmo solo, Sant’anna do Livramento, a Fronteira mais irmã do mundo. Por isso nossa pesquisa abrangeu estas duas Regiões físicas em que se divide a nossa 18ª Região Tradicionalista.
Na parte da chapelaria característica da nossa Região, após entrevistas com historiadores e livros encontramos dois tipos de chapéus típicos da ‘18ª Região Tradicionalista’. A Região da Campanha é ícone em história ligada ao campo, aos ‘senhores rurais’, então nada melhor do que retratar este homem do campo, os senhores da estância. Esta ligação será expressada na mostra com a confecção do chapéu PANÇA DE BURRO, que é simbólico da Região da Campanha, sua confecção era feita a campo, utilizando os moirões e/ou palanques da propriedade.
Na demonstração do chapéu pança de burro, a 18ª Região Tradicionalista voltava a meados do século XVIII(1820) na Província de São Pedro do Sul, mais precisamente numa Estância, nada mais característico da nossa região, e a história do chapéu Pança-de Burro foi contada numa breve cena entre um Estancieiro e seu filho mais novo, onde o pai passava seus ensinamentos ao filho para que nunca morra a alma dos gaúchos campesinos e suas artes perpetuadas.
Por ser uma região fronteiriça, temos também o chapéu convencional de feltro, com a aba mais larga que o resto do estado, que também é preso por um barbicacho que passa por baixo do queixo ou abaixo do lábio inferior que na Região da Fronteira, é basicamente ‘enfeitado’ com florões, medalhas e moedas, ou até mesmo de tentos trabalhados.
Na parte de guaiacas(nome dado ao cinto em nossa Região Tradicionalista),em uma breve pesquisa,falamos um pouco de sua história: O cinto de nossa gente rural, changueadores, gaudérios, gaúchos, peões, etc.; tem como todas as pilchas de nosso uso,origem do velho mundo em antigas culturas.Como por exemplo povos tão antigos como:os egípcios,os persas,os gregos,etc; usaram para a guerra, largos cintos de couro com ou sem bolsos, tachados com chapas metálicas e fechados ou abotoados na frente. A finalidade desse tipo de cinturão era de proteger a cintura sobre tudo a frente, a zona branda abdominal, de golpes pulsantes das armas brancas de combate, espadas, lanças, etc... Não restam dúvidas que foram os soldados da conquista e os elementos provincianos espanhóis que trouxeram esse tipo de cinto para o Rio Grande do Sul.
Seguindo o regulamento da Mostra, fizemos pesquisa de campo em forma de entrevistas com pessoas que trabalham com guaiacas na nossa RT. Na cidade de Bagé, foi entrevistado o Sr. Armando Garcia ele que trabalha nesse ramo há mais de vinte anos e aprendeu tudo o que sabe com o seu Pai. Relatou-nos também que hoje em dia as guaiacas sofreram uma influência muito vasta das rastras argentinas e uruguaias, quanto aos bordados e à aplicação de tecidos e faixas estampados, confundindo muito entre elas.
Durante a entrevista comentou diversas vezes que hoje em dia é bem difícil se conseguir a matéria prima (couro) para a confecção das guaiacas.
Antigamente as guaiacas eram mais simples e poderiam ser feitas artesanalmente com os couros crus que eram facilmente obtidos aqui nos curtume da Região.
Hoje o couro necessita de uma preparação melhor e ele passa por tratamentos químicos para realçar a cor e o brilho e que enfim, a guaiaca que ele confecciona hoje teve que ser estilizada de acordo com o tempo, e aperfeiçoada de acordo com as necessidades do Gaúcho.
Seguindo o contexto da apresentação, o Peão da Estância da 18ª RT ensinava ao filho do Estancieiro como era feito também em 1820 a guaiaca na Região da Fronteira.
E assim se foi a apresentação, A ÚNICA MOSTRA DO ESTADO COM NOTA MÁXIMA EM CRIATIVIDADE, e ai, minha mãe pulava de orgulho ao ver as planilhas, e disse nunca mais discordar do que eu invento no mundo da imaginação do meu cérebro, vai longe hein tchê... haha. Além disso, a melhor pesquisa bibliográfica dos Peões... e como resultado de tudo isso... 1º LUGAR NA 10ª MOSTRA DE ARTE E TRADIÇÃO GAÚCHA – ENART 2009. Primeiro Passo ao sonho? FEEEEEEEEEEEITOOOOOOOOO!
Mas na verdade, o que me deixa mais contente foi o acolhimento do publico, pessoas desconhecidas, de outros estados, ou até dos mais próximos... o reconhecimento dos amigos tradicionalistas que nos prestigiaram foi o que nos bastou... Eu não tenho palavras para agradecer a todos que foram atrás da minha loucura de criar dentro de um stande uma estância, e dentro desta estância, transformar um sonho na mais pura realidade! Sem palavras para agradecer a quem me ajudou lá, não só os guris que me ajudaram na apresentação, mas sim as mães, os pais, o coordenador, as prendas, até as pessoas que não tinham nada que ver com a mostra... Mãe, sem palavras.. tu fez com que eu realizasse o meu 1º sonho, de muitos... sei que este não é teu mundo, mas que a força que nos move a este sucesso vem lá de cima, e todos sabemos que se ‘ele’ tivesse aqui conosco, ia ta pulando de alegria e de orgulho, mais uma vez eu digo: PAI, É POR TI QUE EU SIGO! É onde eu busco a força, a vontade e a coragem de seguir cada vez mais e mais a frente... tu é meu anjo inspirador! E sei muito bem, que neste prêmio, tem teu dedo, tu ta ai do lado de Deus me apontando e dizendo: ESSE É DOS MEUS! Te amo velho, pra sempre!
É este é um bom motivo para deixar de atualizar o blog, não acham? Mas prometo agora, nos intervalos dos estudos, treinos e ensaios postar algo em relação ao 2º passo.. O SONHO MAIOR! O Entrevero Cultural de Peões, que já tem data marcada.. 9 e 10 de Abril de 2010! Pois é, vamoooo em freeeeenteee.. com todas as minhas forças e vontades... EU QUERO, EU POSSO, EU VOU CONSEGUIR! Obrigado aos que torcem.. tem uns que pensam que estas palavras podem ser de obsessão, pois não.. são palavras de um dever... dever com minha entidade, minha região, minha família, dever de sonhar.
Férias? É, pelo visto só da faculdade... 2º semestre acabando, e mais um sem fazer exame! Só pra constar, faço arquiloucura, cálculos, desenhos, maquetes, noites em claro.. não é fácil! Mas eu conseguiiii!
Chego agora da partida da excursão da Comissão que avaliará o FEPART em Capanema no Paraná, é como se fosse o ENART deles... Desejo um bom trabalho a Mari Mallmann(maninha peãodologa! Haha), ao Diogo (irmão de fé, de sempre... iniciando uma grande caminhada nas avaliações das dançar, torço muito por ti irmão, de verdade e tu sabe! Sucessoo!!), ao Toni Pereira (Meu instrutor de Danças desde 1997, quem me ensinou a caminhas no tradicionalismo, Coordenador de Dança e diretor da comissão do ENART até 2008, em 2009, vice-campeão do enart, te adimiro ‘professor’) e também a Marcia, a Marione... e por ai se vai..
Abraços e obrigado aos que seguem!
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